Viúvo de Gilberto Braga perde recurso e é derrotado em ação que move contra Globo

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Aracaju

O decorador Edgar Moura Brasil, viúvo do autor de novelas Gilberto Braga (1945-2021), perdeu recurso em segunda instância de uma ação que move contra a Globo para que a emissora pagasse o último salário do escritor, avaliado em R$ 290 mil. Cabe recurso.

A coluna teve acesso exclusivo à sentença do caso, assinada pela juíza Renata Gomes Casanova, do 19ª Vara Cível do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). Procurado, a defesa não respondeu aos contatos realizados desde segunda (31).

Na ação, Edgar afirma que a emissora não cumpriu o último mês de acordo com o escritor antes de sua morte. O valor é a soma de seu último salário, de R$ 200 mil, mais juros e correções.

Segundo a Globo, a cobrança tem dois problemas. O primeiro é que se trata, de acordo com a emissora, de um pedido irreal e excessivo de sua parte.

Além disso, todos os valores pagos em contrato foram cumpridos. Em dezembro de 2021, Gilberto já não estava mais vivo, o que impedia qualquer tipo de pagamento, de acordo com a empresa.

Por meio de seus advogados na ação, ele contestou a posição da Globo. Para Edgar, a emissora confirmou em sua manifestação que está com pendências.

"A Globo confessa que efetuou o pagamento de todas as parcelas, com exceção apenas da parcela com vencimento em 08/12/2021. Diante disso, questiona-se: qual serviço não teria sido prestado capaz de justificar a retenção do pagamento da última parcela? Qual reunião artística ocorreu no período que a Autora deveria ter participado e não participou? Houve convocação? Cadê a prova?", questionaram os advogados do decorador.

Edgar Moura Brasil havia perdido em primeira instância, mas recorreu, com a alegação de que havia algo errado na situação. A juíza do caso, no entanto, não concordou com os seus argumentos.

"A sentença foi clara em relação às cláusulas do contrato objeto da lide. O embargante, na realidade, pretende a revisão do mérito da sentença que julgou improcedente o seu pedido", disse a magistrada.

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