Violência policial: corregedoria pede prisão de PM que jogou homem de ponte em SP

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A corregedoria da Polícia Militar de São Paulo (PM-SP) pediu a prisão preventiva de Luan Felipe Alves Pereira, o PM que jogou um homem de cima deu uma ponte durante uma abordagem

O caso ocorreu no bairro de Vila Clara, na zona sul da capital paulista, na madrugada da última segunda-feira (2), e foi flagrado em vídeo, exibido pela TV Globo

A decisão sobre o pedido de prisão preventiva será tomada pelo Tribunal de Justiça Militar de São Paulo.

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Na ação, quatro policiais militares fizeram a perseguição a um motoqueiro. O pedido de prisão é para o policial que atirou o homem da ponte. 

“Os 13 policiais envolvidos na ação foram imediatamente afastados de suas funções e respondem a um inquérito policial militar (IPM) conduzido pela Corregedoria da PM. O agente responsável pela agressão foi ouvido e sua prisão foi solicitada à Justiça Militar”, confirmou a Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo (SSP-SP), por meio de nota. 

“O caso também é apurado pela Polícia Civil, por meio da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (CERCO) da 2ª Seccional. Diligências estão em andamento para a oitiva da vítima e o esclarecimento dos fatos”, diz o comunicado da pasta. 

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Inicialmente, a PM-SP havia classificado o ato do policial militar como um “erro emocional”. 

Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, os agentes envolvidos na perseguição ao motoqueiro integram a Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam) do 24° Batalhão de Polícia Militar, em Diadema (SP), na Grande São Paulo. 

De acordo com a PM-SP, o homem que foi atirado de cima da ponte está vivo, mas ainda não foi identificado. Uma pessoa que estava com ele no momento da abordagem foi presa. 

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Tarcísio garante Derrite

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), garantiu que o secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, permanecerá no cargo, mesmo após uma série de denúncias envolvendo casos de abuso e violência de policiais militares. 

Tarcísio teve de falar sobre o assunto ao ser questionado por jornalistas na chegada à Câmara dos Deputados, na quarta-feira (4), em Brasília (DF). O governador paulista recebeu uma condecoração de parlamentares. 

Indagado sobre recentes casos de violência policial em São Paulo, Tarcísio se negou a falar a respeito de episódios específicos. Ao ser perguntado se Derrite corria risco no cargo, o governador assegurou que não pretende demiti-lo. 

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“Olhem os números. Vocês vão ver que [ele] está fazendo um bom trabalho”, afirmou Tarcísio. 

Questionado, então, sobre quais seriam esses números, Tarcísio se limitou a dizer que eram “estatísticas criminais”, mas não deu maiores explicações. 

“A pessoa saiu com ferimentos leves. O que aconteceu foi muito ruim, vamos tomar providências”, disse Tarcísio.

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Outro caso rumoroso aconteceu em novembro, quando um policial militar executou um jovem em frente a um mercado no Jardim Prudência, zona sul de São Paulo. A vítima foi acusada de roubar pacotes de sabão do estabelecimento.

De acordo com dados do Ministério Público, as mortes em abordagens da Polícia Militar de São Paulo aumentaram 46% até o dia 17 de novembro deste ano, na comparação com 2023. 

Entre janeiro e novembro, 673 pessoas foram mortas por PMs, ante 460 do mesmo período do ano anterior. Dessas mortes, 577 foram praticadas por policiais em serviço, enquanto 96 foram por policiais que estavam de folga. 

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