Os grandes produtores mundiais de carnes acabam de atualizar as previsões de produção para o período de 2025. Brasil, Estados Unidos e União Europeia devem colocar 119 milhões de toneladas de proteínas animal no mercado neste ano, considerando as produções de carne bovina, suína e de frango.
Pelo volume a ser produzido, os preços das proteínas não deverão sofrer grandes alterações no período, mesmo que a demanda continue firme como foi a do ano passado.
O volume não é diferente do de 2024, mas os amantes de carne bovina vão ter uma oferta um pouco menor, e, provavelmente, não vão sentir no bolso recuos de preços para essa proteína. A alta de preço fica limitada pela melhora na oferta das demais proteínas.
A produção de carne suína sobe no acumulado dessas três regiões devido a um aumento de 3% nos Estados Unidos e no Brasil. A União Europeia, afetada pela peste suína africana nos anos recentes, apresentará recuo de 0,5%.
Além da peste suína, a produção europeia é afetada também por custos mais elevados, queda no consumo e restrições produtivas, devido a questões ambientais.
Na segunda-feira (27), a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) anunciou uma produção total de 31,6 milhões de toneladas nessas três carnes.
O Brasil, um dos principais produtores mundiais, mantém ritmo contínuo na oferta de carne de frango, que sobe para 15,7 milhões de toneladas, e alta de 2,3% no ano.
Para a carne suína, o órgão oficial eleva para 5,5 milhões a produção nacional, um patamar recorde e 3,1% a mais do que o do ano passado.
O mesmo não ocorre com a carne bovina no mercado nacional, que deverá recuar para 10,4 milhões de toneladas, 4,9% a menos do que em 2024.
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Os Estados Unidos também produzem menos carne bovina. Na avaliação do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) desta terça-feira (28), a produção dessa proteína cai para 11,7 milhões de toneladas, 4,4% a menos do que em 2024.
Na União Europeia, a tendência de queda na produção de carne bovina é uma constante, e, neste ano, recua para 6,4 milhões de toneladas, 0,6% a menos.
Além de fatores ligados a custos e sustentabilidade, a produção cai ano a ano na região devido queda na demanda. O consumo anual europeu é 9,5 kg de carne bovina per capita, um volume previsto para recuar para 9,2 kg nos próximos anos.
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Se bovinos e suínos têm restrições na produção em algumas regiões, o frango será o substituto para uma redução na oferta dos dois. Brasil, Estados Unidos e União Europeia devem superar os 51 milhões de toneladas na produção deste ano, com aumento de oferta nas três áreas produtoras.
Os Estados Unidos vão manter a liderança mundial, com 21,6 milhões de toneladas, e aumento anual de 1,4%, conforme os números desta terça-feira do Usda.
Brasil vem a seguir, com aumento de 2,3% e produção de 15,7 milhões de toneladas de carne de frango, segundo a Conab. A União Europeia eleva em 0,5% a produção, para 14 milhões de toneladas, conforme dados do Departamento de Agricultura e Desenvolvimento Rural da Comissão Europeia.
Arco Norte As exportações de milho pelos portos do chamado Arco Norte atingiram 46,5% das vendas externas do cereal feitas pelo Brasil no ano passado, somando 18,5 milhões de toneladas.
Arco Norte 2 As exportações de soja por esses portos subiram para 34,1% do volume total comercializado pelo país no exterior, atingindo 34,4 milhões de toneladas.
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