Ainda segundo Vence, o investimento em veículos elétricos vai afetar diretamente os salários dos trabalhadores e, por isso, os Estados Unidos não devem seguir esse caminho.
"Essas políticas levam a um lugar inevitável: salários mais baixos para trabalhadores da indústria automobilística e preços mais altos para motoristas. É uma proposta perde-perde", acrescentou.
Assim como seu vice, Donald Trump também não apoia o investimento em elétricos e menospreza os benefícios ambientais dessa tecnologia. Em seu último comício antes das eleições em Michigan, no berço da indústria automotiva dos EUA, ele prometeu acabar com os benefícios à produção de veículos elétricos, trazer incentivos fiscais para o financiamento de carros feitos nos EUA e a taxação de importados chineses em até 200%.
"Estão dizimando a indústria automobilística de Detroit e do Michigan, sumiram com 40 mil, 50 mil empregos. Kamala acabou com os empregos. Com as minhas políticas, vamos ter um renascimento da indústria no estado. Vamos ter um êxodo maciço de empregos da indústria do México e de Xangai para Michigan", afirmou.
A dúvida agora é se Trump colocará tais políticas na prática, em especial na questão sobre veículos elétricos. Isto porque um dos principais apoiadores do presidente eleito durante a campanha foi Elon Musk, empresário dono da Tesla.
Mudança de rumo na indústria americana
A postura que coloca Trump e Vence do mesmo lado vai em oposição direta às políticas do atual presidente Joe Biden, que incentiva a adoção de tecnologias limpas e sustentáveis. O atual governo americano anunciou recentemente que vai liberar US$ 1,7 bilhão (R$ 9,19 bilhões) em subsídios à indústria automotiva para o desenvolvimento e produção de veículos elétricos.