"É bastante provável que a proibição leve os jovens a zonas mais obscuras da Internet, onde não existem regras gerais, ferramentas de segurança ou proteção", observou um porta-voz do TikTok em comunicado na sexta-feira, lamentando que o governo australiano tenha ignorado o conselho de especialistas.
A Meta, empresa-mãe do Facebook e do Instagram, por sua vez, lamentou o fato do governo australiano não levar em conta o que o setor "já atua para garantir experiências adequadas à idade", garantindo ao mesmo tempo que a lei será respeitada.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) na Austrália também disse que a lei não era "uma solução" contra os perigos online, e poderia redirecionar as crianças para espaços "escondidos e não regulamentados" da rede.
O primeiro-ministro de centro-esquerda, Anthony Albanese, reconheceu que a aplicação da lei não será perfeita, citando o exemplo da restrição de idade para a venda de álcool, mas que mesmo assim era a "coisa certa a fazer".
Albanese, que se prepara para eleições no início do ano, defendeu o texto e fez um apelo aos pais para que apoiassem a lei.
Dificuldades na aplicação
Após muita relutância, as empresas proprietárias das redes sociais se comprometeram a trabalhar com o governo australiano para definir os termos de aplicação da lei antes de sua entrada em vigor, prevista para o fim de 2025.