“The Economist” escolhe a Espanha como melhor economia do mundo em 2024

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De acordo com a The Economist, a Espanha ocupa o primeiro lugar no ranking elaborado pela própria revista que classifica as economias da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com base no desempenho do último ano. Como o Brasil não faz parte da OCDE, ele não está na lista.

A publicação britânica também destaca o ressurgimento dos chamados países “PIIGS” (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha), que mais sofreram durante a crise econômica de 2008 e que fizeram os maiores progressos nos últimos anos.

O estudo é baseado em uma pontuação combinada que coleta cinco indicadores macroeconômicos e financeiros: PIB, desempenho do mercado de ações, inflação, desemprego e saldos fiscais de 37 países, a maioria deles ricos. Ele compara os resultados do terceiro trimestre deste ano com os do último trimestre de 2023 ou com dados do início do ano.

A conclusão foi de que os países mediterrâneos da Europa, há muito “subvalorizados por seus vizinhos do norte”, segundo a revista, estão agora desfrutando um “ressurgimento econômico”.

A Economist destaca o “crescimento anual do PIB da Espanha, que deve superar 3%, impulsionado por um mercado de trabalho robusto e altos níveis de imigração, que aumentam mecanicamente a produção econômica”.

O PIB da Espanha está crescendo 3,5%, superado apenas por Israel (6,7%) e Grécia (3,7%). O resultado está bem acima de Alemanha e Itália, que sofrem com altos preços de energia e uma desaceleração na indústria.

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A Espanha também ocupa a décima posição em termos de crescimento do mercado de ações (17,1%), com um aumento controlado nos preços (+2,4%), colocando-a na décima segunda posição. A taxa de desemprego, ainda alta no sul da Europa, diminuiu em sete décimos no caso espanhol, um número que só é superado pela Itália (-1,4 pontos).

Essa é a menor taxa de desemprego em Grécia, Itália e Espanha em mais de uma década, embora ainda gire em torno de 11%-12% no caso espanhol.

Um ponto negativo para Madri é que o PIB per capita não está crescendo no mesmo ritmo que a economia geral. Além disso, os déficits e níveis de dívida estão em níveis preocupantes, embora, no caso da Espanha, o déficit primário, no qual os pagamentos de juros não estão incluídos, fique em -0,6%, mais contido do que em outras nações.

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A avaliação do desempenho econômico da Espanha supera em muito a de outras grandes economias da OCDE, com o Canadá ocupando a 12ª posição, os Estados Unidos em 20ª, a Alemanha em 23ª, o Japão em 25ª, a França em 26ª e o Reino Unido em 31ª.

A Economist considera os resultados das potências europeias, como o Reino Unido ou a Alemanha, como decepcionantes. Letônia e Estônia ocupam a última posição.

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