Terminal de luxo em Guarulhos começa a operar em dezembro com tarifa de quase R$ 3.400

O exclusivo Terminal BTG Pactual, localizado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, entrará em operação a partir de dezembro, com serviços a passageiros que embarcam em voos internacionais, em um "soft opening" do projeto anunciado em maio e que demandou investimentos de R$ 80 milhões.

"É uma tendência que estamos vendo fora do Brasil", afirmou o sócio da área de capital privado do BTG, maior banco de investimentos da América Latina, Daniel Epstein, destacando que o empreendimento será pioneiro na América Latina. O executivo acrescentou que, do ponto de vista do banco, se trata de um projeto "muito estratégico".

Com uma infraestrutura de 2.400 metros quadrados, o terminal terá capacidade para 14 passageiros por hora. A expectativa é de que maior parte da clientela, de 60% a 70%, seja de empresários e executivos. A parcela restante deve ser ocupada por turistas abastados e celebridades.

Epstein disse que a expectativa de retorno do investimento é de cinco a dez anos, em linha com outros investimentos do grupo nesse modelo.

O diretor de marketing e comunicação do BTG Pactual, André Kliousoff, afirmou que o banco busca, com o terminal, reforçar seu posicionamento em relação aos clientes.

"O banco tem como propósito estar ao lado da vida dos nossos clientes. Isso vai além dos investimentos, das soluções financeiras", afirmou.

As reservas para viagens a partir do terminal podem ser feitas a partir desta quarta-feira (30) e, em um primeiro momento, a instalação aceitará reservas para voos internacionais com saídas a partir de 17h até meia-noite.

A tarifa no modelo "pay per use" é de US$ 590 (quase R$ 3.400) e contempla serviço próprio de check-in, raio-x, alfândega e imigração, além de transporte particular até a aeronave.

"O objetivo desse tipo de serviço é fazer essa jornada (da viagem) com menos fricção", destacou o presidente do Terminal BTG Pactual, Fábio Camargo, em apresentação a jornalistas. "Nós estamos tentando resolver o que está da porta da aeronave para fora."

O clima de exclusividade se estende aos parceiros do empreendimento, com nomes como Volvo Cars, Moët Hennessy, Vivo e Revo —que pertence à Omni Helicopters International.

O projeto fechou parcerias com 12 companhias aéreas, entre elas Latam, Emirates, United, KLM e Ibéria. Para 2025, o plano é ampliar os acordos, além de desembarque internacional e serviços para voos domésticos, entre outros.

A operacionalização do terminal será de responsabilidade da Aesa (Aero Empreendimentos), de propriedade de um FIP (fundo de participação em investimento) gerido pelo BTG. O prazo da concessão para o uso do terminal é de 40 anos.

Além da gestão do FIP, o BTG também tem um contrato de "naming righs" para o terminal, mas não divulgou valores ou prazos desse acordo.