Tanure compra ações do GPA e estuda ampliar mais sua participação, diz agência

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O empresário brasileiro Nelson Tanure comprou parte das ações do GPA, dono da rede de supermercados Pão de Açúcar, e iniciou discussões preliminares com o varejista francês Casino, demonstrando interesse em suas ações no grupo, de acordo com uma fonte familiarizada com o assunto.

Recentemente, o empresário comprou aproximadamente 9% das ações da companhia no mercado e está considerando adquirir papéis adicionais do Casino, que tem 22,5% de participação. Ainda não está claro se ele tentará comprar toda a participação do grupo francês ou apenas uma parte dela.

Segundo a fonte, as conversas ainda são "superficiais" e envolvem uma demonstração de intenções. Em julho, o Casino já havia afirmado à Reuters que não considera mais a empresa um investimento estratégico e que está aberto a vender sua fatia no negócio.

As ações do GPA dispararam nesta segunda-feira (16), em meio a crescentes especulações sobre planos de Tanure, e fecharam o pregão em alta de 15,61%, a R$ 2,74.

Tanure não quis comentar e o Casino não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários.

Antes da abertura da Bolsa brasileira na segunda-feira, o GPA divulgou que fundos de investimento sob a gestão da Reag Trust, empresa de Tanure, atingiram uma participação de 5,69% do total de ações ordinárias emitidas pelo varejista.

Essa participação, segundo a companhia, citando correspondência da Reag, somada a instrumentos financeiros derivativos de sua titularidade, com exposição equivalente a 3,87% do total de ações ON do GPA, totaliza 9,56%.

As operações foram financiadas por Tanure, que também concordou recentemente em comprar a rede de supermercados Dia no Brasil, indicou a mesma fonte.

Folha Mercado

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Olhando para o futuro, Tanure está considerando propor uma fusão entre a Dia e o GPA, dependendo da aprovação regulatória, acrescentou a fonte. A proposta da fusão foi inicialmente veículada pelo jornal Valor Econômico.

O GPA concluiu neste ano um plano de vendas de ativos não essenciais para reduzir o endividamento, com iniciativas para melhorar a estrutura de capital, incluindo uma oferta de ações que resultou em um novo desenho societário.

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