A Starbucks está eliminando 1.100 empregos corporativos em uma medida adotada para aumentar a eficiência e implementar rapidamente mudanças de revitalização da empresa.
Os cortes representam cerca de 7% da base global de funcionários que trabalham fora das lojas da empresa, o que também inclui funções como armazenamento, que não são afetadas pela reestruturação.
A Starbucks não divulga quantos trabalhadores corporativos possui, mas a maioria de seus funcionários ao redor do mundo trabalha diretamente nas lojas.
O CEO Brian Niccol, que assumiu o cargo em setembro em meio a uma queda nas vendas do gigante do café, havia anunciado a reestruturação iminente em janeiro. Os trabalhadores que perderão seus empregos serão notificados até esta terça-feira (25), de acordo com um anúncio. Os funcionários corporativos foram solicitados a trabalhar remotamente durante toda a semana.
A Starbucks, que afirmou estar buscando eliminar duplicações, é a mais recente grande empresa a cortar camadas de gestão. A Southwest Airlines disse no início deste mês que planejava cortar 15% dos empregos corporativos em sua primeira rodada de demissões.
As ações da Starbucks tiveram pouca variação nas negociações antes da abertura dos mercados dos EUA. As ações subiram quase 17% nos últimos 12 meses até o fechamento de sexta-feira (21), em comparação com um aumento de aproximadamente 18% para o Índice S&P 500.
Em setembro, a Starbucks empregava 211 mil pessoas nos EUA, com 95% trabalhando nas mais de 10 mil lojas operadas pela empresa e o restante em funções corporativas e outras. As proporções são semelhantes fora dos EUA, onde a empresa empregava 150 mil pessoas.
Os cortes não afetam os trabalhadores em cafés e nas operações de armazenamento, fabricação, distribuição e torrefação.
Os trabalhadores que perderem seus empregos receberão salário e benefícios até 2 de maio. Após a data, receberão indenização com base no tempo de serviço, de acordo com a Starbucks. Eles também receberão suporte para transição de carreira, entre outras assistências.
A rede de café está fechando várias centenas de posições abertas e não preenchidas como parte da reestruturação. "Reconheço que a notícia é difícil", disse Niccol no anúncio. "Acreditamos que é uma mudança necessária para posicionar a Starbucks para o sucesso futuro."
RETORNO AO ESCRITÓRIO
A Starbucks também começará a exigir que funcionários no nível de vice-presidente e acima trabalhem nos escritórios de Seattle ou Toronto três dias por semana. Trabalhadores no nível de diretor ou abaixo poderão manter o status remoto, embora a contratação para funções futuras exija, em sua maioria, estar em uma das duas cidades.
Niccol, ex-CEO da Chipotle, agiu rapidamente para implementar mudanças para ajudar os cafés a funcionarem de forma mais suave, incluindo o retorno dos bares de condimentos e a limitação das lojas apenas para clientes pagantes.
O CEO também desfez várias mudanças de liderança implementadas por seu antecessor e reforçou a política de retorno ao escritório da empresa, alertando que funcionários que não comparecessem três dias por semana poderiam ser demitidos, informou a Bloomberg News.
No entanto, o próprio arranjo de trabalho do CEO, que lhe permite viajar de sua casa na Califórnia para a sede da empresa em Seattle no jato corporativo da empresa, gerou críticas de alguns trabalhadores e críticos externos. A Starbucks afirmou que Niccol passará a maior parte do tempo em Seattle ou visitando lojas.