Com as restrições para viajar, direcionamos muitas ações e promoções para que os clientes continuassem juntando as milhas e, naquele momento, o Shopping Smiles se destacou absurdamente. Hoje, é 100% maior do que antes da pandemia.
Carla Fonseca, presidente da Smiles
Inovação em serviços é a estratégia da Smiles, um oásis de resiliência dentro do segmento de transporte aéreo. Além do Brasil, a empresa de fidelização também tem operações na Argentina, implementadas durante a pandemia. Alguns dos serviços oferecidos são cartões de crédito, compra de produtos, hotelaria, aluguel de carros, shuttle - deslocamento terrestre de passageiros, salas vip em aeroportos e atrações de entretenimento, além de passagens aéreas dentro da Gol e de outras 50 companhias aéreas. Junto às empresas parceiras, a Gol totaliza mais de 1600 destinos em 160 países diferentes. Algumas das companhias parceiras são KLM, Airfrance, American Airlines, Copa, Avianca, Air Europa e TAP.
O DNA de inovação da Smiles é um ponto fundamental. Além de ser o programa de fidelidade da Gol, é uma plataforma completa de viagem. E os clientes reconhecem isso. O viajante precisa de outros produtos além da passagem aérea.
Carla Fonseca, presidente da Smiles
Trajetória da empresa é marcada por resiliência. Em 30 anos de história, a Smiles sobreviveu à falência Varig e foi comprada pela Gol em 2011, abriu capital na Bolsa de NY em 2013 e enfrenta com a Gol o processo de "recuperação judicial" nos EUA. Carla Fonseca contou que as sinergias com a incorporação e os diferenciais nos serviços dentro do mercado de fidelidade "blindam" a Smiles da crise no setor aéreo.
Processo de recuperação judicial da Gol. Em janeiro de 2024, a controladora Gol recorreu ao Tribunal de Falências de Nova York, nos Estados Unidos, para um processo conhecido naquele país como "Chapter 11", semelhante ao de recuperação judicial no Brasil. Assim, conseguiu continuar com os serviços de voos e evitar restrições ou bloqueios impostos por credores em todo o mundo. O Tribunal dos EUA aprovou US$ 950 milhões de financiamento na modalidade "devedor em posse" - ou "DIP", na sigla em inglês - concedido por acionistas majoritários. A previsão da Gol é de saída do processo de Chapter 11 até abril de 2025.
No mercado financeiro, as ações da companhia seguem negociadas na bolsa brasileira, a B3. Já nos EUA, as operações com as American Depositary Receipts "ADS" foram imediatamente suspensas na Bolsa de Nova York (NYSE) pela SEC, a autoridade norte-americana do mercado de capitais.