Silveira se reúne com Bill Gates para discutir energia nuclear

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O ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) se reuniu nesta quinta-feira (23) em Davos com o fundador da Microsoft e filantropo Bill Gates. Os dois falaram sobretudo a respeito de energia nuclear e extração de urânio.

Segundo Silveira, Gates se mostrou animado com a possibilidade de aumentar o parque nuclear brasileiro. O bilionário aposta nessa matriz de energia para suprir o aumento da demanda decorrente da intensificação do uso de inteligências artificiais.

Embora a produção nuclear seja discreta no Brasil, o ministro disse que quer expandir seu uso e incentivar a mineração de urânio, mudando a lei para que o direito de exploração do minério pesado deixe de ser somente da União e possa ser concedido à iniciativa privada, melhorando a produtividade. Hoje, o Brasil importa urânio.

Em Davos para o encontro anual do Fórum Econômico Mundial, ao qual chegou com dois dias de atraso e é o único representante do governo brasileiro, Silveira manteve reuniões bilaterais com ministros de energia, ambiente e negócios da Arábia Saudita, Bahrein, União Europeia e Estados Unidos.

Em seus dois dias no Fórum, também se encontrou com representantes da Organização das Nações Unidas e empresários que já investem no país.

Nesta quinta, o ministro anunciou uma ampliação do investimento da Hitachi no país, para produzir transformadores, que criará, segundo a empresa, 600 postos de trabalho. O valor da extensão, anunciada pela empresa há dois meses, chega a US$ 200 milhões ao longo dos próximos anos.

Silveira desembarcou na Suíça com a missão de divulgar as oportunidades de investimento em energia limpa no Brasil em um momento em que os Estados Unidos, sob gestão de Donald Trump, se retiram desse campo. O ministro, que viaja de volta nesta sexta (24), defende o "amplo portfólio do Brasil", com fontes diversas, como um atrativo para a transição energética.

A energia nuclear, que gera receios de segurança, foi apontada no Fórum por diversos panelistas como alternativa estável e escalável para a transição energética. Além do Brasil, a Argentina de Javier Milei também tem planos de desenvolvê-la.

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