A semana de trabalho de quatro dias reduz o estresse e aumenta ligeiramente a produtividade dos funcionários, concluiu um estudo alemão divulgado nesta sexta-feira (18) e coordenado pela Universidade de Münster.
O levantamento teve a participação de 41 empresas alemãs durante seis meses em um programa para reduzir o tempo de trabalho ou instaurar a semana de trabalho de quatro dias, um pedido histórico dos sindicatos deste país europeu.
Segundo os resultados do estudo, a semana de quatro dias melhora "significativamente" a saúde mental e física dos funcionários.
Durante seis meses, a saúde dos trabalhadores foi monitorada através de relógios inteligentes, amostras de cabelo e uma autoavaliação.
"(O resultado da pesquisa) contradiz a ideia de que ter a mesma carga de trabalho, com menos horas, poderia aumentar o estresse", aponta o estudo.
Além de sofrerem menos estresse, os funcionários que trabalham quatro dias fazem mais exercícios e dormem em média 38 minutos a mais por semana.
Esses "efeitos positivos" na saúde podem ajudar a "reduzir o absenteísmo a longo prazo", estimam os pesquisadores.
Os entrevistados consideram ainda serem ligeiramente mais produtivos, embora o estudo se mostre prudente sobre este tema e aponte alguns limites.
Folha Mercado
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Não foi demonstrado, por exemplo, que a semana de quatro dias aumente o lucro das empresas, reduza as baixas por doença ou a emissão de carbono.
Após o ensaio, 39% das empresas decidiram implementar a semana de trabalho de quatro dias e 34% continuarão testando o programa.
Desde a pandemia, o tema entrou com força no debate público na Alemanha, onde figura entre as principais reivindicações de alguns sindicatos.
O projeto foi coordenado pela Universidade de Münster, no oeste da Alemanha, e pelo programa internacional "4 Day-Week Global".