Saiba por que a mudança no Conselho da Petrobras agitou o mercado

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Bruno Moretti é um dos nomes cotados para suceder Mendes. A Genial diz que indicação traria ainda mais inseguranças. "A possível indicação de Bruno Moretti promove mais inseguranças sobre a gestão, dada a direta relação do conselheiro com a Casa Civil e especialmente o presidente Lula e seu partido", afirma relatório da Genial.

Moretti é conselheiro da Petrobras hoje em dia. O indicado pelo governo Lula é formado em economia pela UFF (Universidade Federal Fluminense), possui mestrado em Economia da Indústria pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), doutorado em Sociologia pela UnB (Universidade de Brasília).

O Conselho de Administração é o órgão máximo da Petrobras. Ele é responsável pelas principais decisões em relação ao direcionamento estratégico da companhia e exerce o papel de guardião dos princípios, valores, objeto social e sistema de governança da Petrobras. São os conselheiros que definem a política de preços (com diretrizes gerais). Por exemplo, a decisão de deixar a PPI (paridade de preço de importação) foi aprovada pelo Conselho.

O Conselho não decide sobre o preço dos combustíveis. Esta função é da diretoria da Petrobras. O Conselho é composto por, no mínimo, sete e, no máximo, 11 membros. Eles são eleitos em Assembleia Geral de Acionistas e têm um mandato de até dois anos, com possibilidade de três reeleições consecutivas.

XP afirma que não espera nenhuma mudança significativa com mudança na presidência do Conselho da Petrobras. "Moretti é membro do Conselho de Administração da Petrobras desde o governo do Presidente Lula e participou de discussões importantes, incluindo a última aprovação de distribuições extraordinárias de dividendos, a atual política de preços e a formulação do plano de investimentos da empresa", afirma XP em relatório.

Suspensão de Mendes

Em abril, a Justiça suspendeu Mendes do cargo na Petrobras por conflito de interesse. Além de presidente do Conselho, Mendes também era secretário de Petróleo, Gás e Biocombustível do ministério. Na época, um juiz federal de São Paulo disse que havia ilegalidade na manutenção de Mendes como conselheiro da Petrobras por uma série de fatores, inclusive ausência de elaboração de lista tríplice, não utilização de empresa especializada para seleção, bem como em virtude de conflito de interesse com a União ou com a própria companhia.

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