"É algo básico: o número de equipamentos faz o carro ficar mais caro. Para muitos, os olhos brilham quando veem um veículo desse ao seu alcance, mas esquecem que a revisão e as inevitáveis trocas de peças demandam muito dinheiro, no mínimo, três vezes mais, dependendo do conserto", diz Sales.
E não adianta tentar se convencer com a ideia de que "carro bom não quebra". Existem itens de desgaste natural que demandam uma substituição, como pneus, pastilhas de freio, filtros, entre outras. E, é claro, quanto mais rodado o modelo estiver, mais peças terá que trocar.
Outra questão é o seguro, que pode custar até o dobro de um carro "comum" mais novo e de mesmo preço. Também é necessário considerar o consumo de combustível. É preciso lembrar que, na maioria dos casos, quanto mais potente um carro é, mais combustível ele precisará para se locomover.
Para quem vale a pena?
Há casos em que dinheiro não é a única questão. Algumas pessoas passaram a vida sonhando com um carro e, anos depois, com uma situação financeira mais confortável, podem realizar o desejo antigo.
Para esse grupo, pagar mais caro em combustível, seguro e manutenção não é grande coisa perto do prazer de dirigir o seu sonho de consumo. Por isso, ninguém melhor para assumir um "resto de rico" do que outro rico.