O rapper Oruam, filho do líder do Comando Vermelho, Marcinho VP, foi preso em flagrante na manhã desta quarta-feira (26), no Rio de Janeiro. Ele é acusado de abrigar um foragido da Justiça em sua residência.
A prisão ocorreu durante o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão pela Polícia Civil em endereços ligados ao artista. A operação tinha como objetivo localizar uma arma supostamente utilizada por Oruam em um episódio de disparos em um condomínio residencial em Igaratá, no interior de São Paulo, em dezembro de 2024.
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Durante a busca, os agentes encontraram, na casa do rapper, Yuri Pereira Gonçalves, de 25 anos, que possuía um mandado de prisão em aberto por organização criminosa.
Oruam foi conduzido à delegacia e autuado por favorecimento pessoal. Ele poderá assinar um termo circunstanciado para ser liberado ou, caso se recuse, permanecerá preso.
Crime de favorecimento pessoal
De acordo com o Código Penal, o favorecimento pessoal é classificado como um crime contra a Administração da Justiça. O artigo 348 define a infração como “auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão”. A pena prevista varia de 1 a 6 meses de detenção, além de multa.
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A legislação, no entanto, isenta de punição quem presta auxílio a um ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso. A polícia não informou se há parentesco entre Oruam e o foragido preso.
Outras investigações e polêmicas
Além da prisão desta quarta-feira, Oruam também é investigado por um disparo de arma de fogo ocorrido em Igaratá (SP). A Polícia Civil o indiciou por colocar em risco a integridade de diversas pessoas.
A operação desta manhã também cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados à mãe do rapper, Márcia Nepomuceno, esposa de Marcinho VP. O objetivo era localizar a arma usada no episódio em São Paulo e identificar seu proprietário.
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Na semana passada, Oruam foi levado à delegacia no Rio de Janeiro após ser flagrado dirigindo de forma perigosa no bairro da Barra da Tijuca. Ele realizou manobras arriscadas e dirigiu na contramão em frente a uma viatura da Polícia Militar.
Pouco depois de ser liberado, o rapper usou o episódio para promover seu novo álbum, Liberdade, levantando suspeitas de que a detenção teria sido parte de uma estratégia de marketing. O comportamento do artista, no entanto, gerou críticas, já que colocou outras pessoas em risco.