Painel: PSOL e MBL invertem papéis nos processos de cassação de Glauber e Mamãe Falei

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O PSOL e o MBL (Movimento Brasil Livre) trocaram de papéis no processo que poderá resultar na cassação do mandato do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) na Câmara dos Deputados, por ter agredido um integrante do movimento de direita.

Há três anos, os psolistas estavam na linha de frente da cassação do deputado estadual Arthur do Val (União Brasil), conhecido como Mamãe Falei, por áudios que divulgou após uma viagem à Ucrânia.

Em maio de 2022, ele perdeu o mandato e acabou inelegível por oito anos devido a frases como "as mulheres ucranianas são fáceis porque são pobres".

O MBL dizia na ocasião que o parlamentar não merecia uma pena dura como a cassação, no máximo uma punição intermediária, como suspensão do mandato. Argumento bastante parecido com o do PSOL agora na defesa do seu deputado.

Em março de 2022, a esposa de Glauber, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) foi a autora na Câmara dos Deputados de uma moção de repúdio às declarações de Mamãe Falei. "É inadmissível que Arthur do Val siga como deputado do estado de São Paulo", disse a deputada, na ocasião.

Hoje, as posições se inverteram. O MBL, que achava injusta a cassação de Do Val, pressiona pela de Glauber, por ter expulsado da Câmara com chutes e empurrões Gabriel Costenaro, militante do movimento, em abril de 2024. Já o PSOL considera a cassação de seu filiado exagerada e trabalha por uma pena menor.

Costenaro, que foi candidato a vereador pelo Novo no ano passado no Rio de Janeiro, mas não se elegeu, critica acordo entre os deputados que poderá livrar Braga da cassação.

"O PSOL —que pede a cassação de todo mundo pelos motivos mais esdrúxulos— vai receber um prêmio por agredir um cidadão", escreveu Costenaro ao Painel.

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