Queda de torres interrompe parte da transmissão de energia de Belo Monte ao Sudeste

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O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) disse que uma queda de torres de transmissão interrompeu na quarta-feira (22) o fluxo de transmissão elétrica da linha Xingu-Terminal Rio, uma das que conectam Belo Monte, no Pará, à região Sudeste.

Segundo o ONS, o incidente ocorreu devido a uma tempestade e resultou em uma redução de 4.000 MW na capacidade de transmissão a partir da Subestação Xingu. Não houve corte de carga.

"O ONS adotou as medidas operativas necessárias e que garantiram o pleno atendimento da demanda de energia elétrica do país", disse o operador, em nota. A informação foi publicada primeiro no jornal Valor Econômico.

O órgão disse que aguarda ações da proprietária para a recuperação nos próximos dias, por causa do local de difícil acesso e da gravidade dos danos. Segundo a XRTE (Xingu Rio Transmissora de Energia), controlada pela chinesa State Grid, o plano de emergência foi imediatamente acionado e equipes trabalham no local.

"A XRTE está analisando o evento e irá se pronunciar quando tiver informações consistentes", disse a empresa.

Segundo o ONS, como consequência dessa indisponibilidade da linha, foi necessário diminuir os limites de transferência de energia das regiões Norte e Nordeste para a região Sudeste, com o objetivo de garantir a operação segura do sistema.

O operador de energia elétrica disse que está operando com 4.000 MW no outro bipolo disponível, que também conecta a Subestação Xingu, no Norte, à Subestação Estreito, no Sudeste.

A indisponibilidade de um dos bipolos impacta diretamente a geração máxima da Usina Hidrelétrica Belo Monte, que passa a ser limitada pela necessidade de geração para atendimento à carga do sistema Manaus-Macapá e à capacidade de transmissão das demais linhas que partem da Subestação Xingu.

Antes das ocorrências, a geração de Belo Monte foi de 8.300 MW médios. Já na quinta-feira (23), a geração média registrada foi reduzida para cerca de 7.300 MW médios, disse o ONS.

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