Embora otimista, previsão é mais conservadora em comparação com a da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que projeta um aumento superior a 10%, com a produção se aproximando de 4 milhões de barris diários
Divulgação - Petrobras
Segundo o IBP, o ano de 2024 tem potencial para ser um marco na história econômica do Brasil, com as exportações de petróleo superando, pela primeira vez, as vendas externas de soja
Na última segunda-feira (17), o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) anunciou recentemente suas projeções para a produção nacional de petróleo no próximo ano, prevendo um crescimento de 6%. De acordo com o IBP, a produção deverá alcançar 3,6 milhões de barris por dia em 2024, superando os 3,4 milhões de barris diários estimados para 2023. Essa previsão, embora otimista, é mais conservadora em comparação com a da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que projeta um aumento superior a 10%, com a produção se aproximando de 4 milhões de barris diários. As estimativas do IBP foram elaboradas com base em dados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), da EPE e de uma consultoria internacional, e estão programadas para serem atualizadas em março de 2025.
Segundo o IBP, o ano de 2024 tem potencial para ser um marco na história econômica do Brasil, com as exportações de petróleo superando, pela primeira vez, as vendas externas de soja. Este feito é atribuído ao aumento na produção de petróleo, enquanto a soja enfrenta desafios relacionados a condições climáticas adversas e períodos de estiagem. No entanto, a sustentabilidade dessa liderança no mercado de exportações ainda é incerta. Roberto Ardenghy, presidente do IBP, ressaltou a importância da recente aprovação do projeto de lei de eólicas offshore, considerando-o um passo significativo para a descarbonização da economia brasileira e um incentivo para novos investimentos no setor.
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!
Olhando para o futuro, a partir de 2026, espera-se que o Brasil receba investimentos de 2 bilhões de dólares na geração de energia eólica offshore. O presidente aponta que o país possui um potencial considerável nesse setor, com uma capacidade estimada de 957 megawatts, o que é três vezes maior do que toda a energia atualmente produzida no Brasil. As regiões Nordeste, Bacia de Campos e Sul são vistas como as mais promissoras para o desenvolvimento dessa fonte de energia renovável, oferecendo oportunidades significativas para o crescimento econômico e a diversificação da matriz energética nacional. Para discutir essas perspectivas e os desafios associados, o IBP organizou um evento de fim de ano no Rio de Janeiro, reunindo jornalistas locais. Durante o encontro, foram abordadas as expectativas para o setor de petróleo e gás, bem como as oportunidades emergentes no campo das energias renováveis.
*Com informações de Rodrigo Viga