A petrolífera Prio assinou nesta sexta-feira (27) acordo com a Sinochem para compra da participação da empresa asiática no campo de Peregrino, no Rio de Janeiro, por US$ 1,9 bilhão (R$ 10,35 bilhões).
O acordo foi acertado no final da tarde de quinta-feira (26), segundo comunicado da petrolífera, e concluído na madrugada desta sexta.
O novo consórcio será formado pela Equinor, operadora do campo com 60% de participação, e pela Prio, com 40% de participação, conforme fato relevante divulgado nesta sexta.
Após a conclusão da aquisição, a produção da Prio irá aumentar em cerca de 35 mil barris por dia, segundo a petrolífera.
"Além disso, a Prio enxerga sinergia na comercialização do óleo do campo, uma vez que cada offtake de Peregrino é de aproximadamente 650 mil barris e poderá ser combinado com cargas dos outros campos operados pela companhia para otimizar a logística", afirmou.
O contrato prevê o pagamento de US$ 191,5 milhões (R$ 1,04 bilhão) na assinatura do acordo, e mais US$ 1,7 bilhão (R$ 9,26 bilhões) pagos na conclusão da transação, além de "ajustes do capital de giro líquido e outros ajustes de preço". O preço líquido dos ajustes deve permanecer entre US$ 1,66 bilhão e US$ 1,71 bilhão.
A Prio estima reservas e recursos economicamente recuperáveis (1P+1C) próximos a 338 milhões de barris para o Campo de Peregrino a partir de 1 de janeiro de 2024, sendo, líquido para a Prio, 135 milhões de barris, com previsão de abandono posterior a 2037.
A estimativa considera uma cotação de longo prazo de US$ 62 (R$ 337,60) por barril de petróleo e consta em relatório de certificação de reservas da D&M, elaborado a pedido da petrolífera.
A conclusão do negócio está sujeita a condições precedentes, incluindo aprovação pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e "waiver" ou expiração do prazo do direito de aquisição por parte da Equinor em até 30 dias.
Folha Mercado
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