Esse número de hoje é muito poluído, porque você teve eventos que afetaram as contratações. As empresas fecharam e acabaram não contratando ou colocaram os trabalhadores em licença temporária.
Adauto Lima, economista-chefe da Western Asset,
Dados reforçam atenção para a condução da política monetária. Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, explica que os dados do mercado de trabalho dos EUA são um "termômetro para a economia global". Segundo ele, a desaceleração da economia norte-americana abre caminho para o corte de juros com o objetivo de estimular o crescimento.
Expectativas apontam para novo corte da taxa de juros nos EUA. O Federal Reserve, banco central norte-americano, se reúne na próxima quinta-feira (7) para definir os rumos da condução monetária. As previsões sinalizam para o corte de 0,25 ponto percentual da taxa de juros, para o patamar entre 4,5% e 4,75% ao ano. Diante dos fatores atípicos, Adauto Lima prevê apenas um "peso menor" na análise da decisão.
Atenção global
Rumo da taxa de juros nos EUA atrai a atenção dos bancos centrais. Carla Beni, integrante do Corecon-SP (Conselho Regional de Economia de São Paulo), explica que as definições norte-americanas tendem a gerar um efeito cascata global. "Com a economia americana mexendo na sua taxa de juros, todas as outras economias acabam seguindo essa tendência", avalia.
Se os dados de emprego e salário nos Estados Unidos são positivos e não geram mais tanta preocupação inflacionária como antigamente, os juros podem ser cortados e isso também é bom para as economias globais.
Enrico Cozzolino, sócio da Levante Investimentos