Planalto diz que Lula pediu para Juscelino se demitir; ministro diz que decisão foi dele

há 1 semana 4

O Palácio do Planalto e Ministério das Comunicações apresentaram, nesta terça-feira (8), versões discrepantes para a saída de Juscelino Filho (União Brasil-MA) do cargo.

Por volta das 19h15, Juscelino divulgou uma carta em que definiu seu pedido de exoneração como uma decisão difícil, "um gesto de respeito ao governo e ao povo brasileiro".

"Hoje tomei uma das decisões mais difíceis da minha trajetória pública. Solicitei ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva meu desligamento do cargo de ministro das Comunicações", diz o texto.

"Não o fiz por falta de compromisso, muito pelo contrário. Saio por acreditar que, neste momento, o mais importante é proteger o projeto de país que ajudamos a construir e em que sigo acreditando."

Na carta, o ex-ministro diz ter recebido apoio incondicional de Lula. "Um líder a quem admiro profundamente e que sempre me garantiu liberdade e respaldo para trabalhar com autonomia e coragem."

Cerca de 45 minutos após a divulgação da nota, às 20h, a Secom (Secretaria de Comunicação) da Presidência informou, oficialmente, que Juscelino entregou o cargo por determinação do presidente.

Segundo o informe da Secom, Lula telefonou para Juscelino no início da tarde e solicitou que Juscelino pedisse demissão para se dedicar à defesa. "A Secretaria de Comunicação da Presidência informa que Lula telefonou para Juscelino e pediu que entregasse o cargo".

Antes desse informe, integrantes do governo, inclusive do palácio, disseminaram a versão de que a iniciativa partira no próprio Juscelino —narrativa descartada pelo informe da Secom.

Juscelino deixou o governo Lula após ser denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) sob acusação de corrupção passiva e outros crimes relacionados ao desvio de emendas.

No ano passado, após Juscelino ser indiciado Polícia Federal, Lula afirmou que ele seria exonerado caso fosse denunciado pela PGR.

Deputado federal licenciado, eleito pelo União Brasil do Maranhão, ele negou as acusações de que é alvo e afirmou que, ao sair, protege "o projeto de país que ajudamos a construir e em que sigo acreditando".

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