Um artigo publicado na sexta-feira (2), na revista Science Advances, evidenciou que a atmosfera da Lua é constituída 70% por vaporização causada pelo impacto de meteoritos e 30% pela pulverização do vento solar.
O estudo foi feito com base em amostras coletadas em solo lunar pela missão Apollo, e analisou as formas de Potássio (K) e Rubídio (Rb) que foram encontradas. Isso é possível porque K e Rb são passíveis de vaporização durante impactos de meteoros.
Desde que o ser humano pisou na Lua, no final da década de 1960, passou-se a saber que sua atmosfera é bastante fina e volátil. Porém, até 2013 não se sabia como isso era possível.
Na década passada, no entanto, uma missão da Nasa identificou os dois processos envolvidos na formação contínua da superfície lunar - vaporização de meteoritos e pulverização de vento solar. Contudo, ainda não era sabido qual era o principal formador da exosfera da Lua.
Com o novo estudo, sabe-se que a principal composição da atmosfera lunar vem do processo de vaporização causada pelo impacto de meteoritos.
A Lua sofre várias colisões de meteoritos - tanto grandes, como em chuvas de meteoros, quanto micrometeoritos do tamanho de poeira. Essas colisões geram altas temperaturas, entre 2000ºC e 6000ºC, derretendo e vaporizando rochas da superfície lunar.