Pedágio pago à distância? Vídeo com cartão de crédito confunde motoristas

há 3 semanas 3

Por que o cartão por aproximação não funciona em pedágios automáticos?

A principal razão está na tecnologia empregada. Os sistemas de cobrança automática de pedágio utilizam RFID (identificação por radiofrequência), um método específico que depende de uma tag instalada no veículo. Esse dispositivo comunica-se com os sensores instalados nas cabines ou pórticos, autorizando o pagamento de forma rápida e segura.

Já o cartão por aproximação utiliza a tecnologia NFC (Near Field Communication), que exige um tipo diferente de comunicação, projetada para pagamentos em terminais específicos, como maquininhas de cartão. Em pedágios, os sensores não reconhecem essa tecnologia, o que torna impossível substituir a tag por um cartão bancário.

Embora o uso de cartões por aproximação não funcione nas cancelas automáticas, eles são aceitos em muitas cabines manuais nas praças de pedágio do Brasil. Rodovias como a Imigrantes e Anhanguera já permitem esse tipo de pagamento.

Além disso, o governo federal estipulou que, a partir de junho de 2024, todas as praças de pedágio em rodovias federais concedidas deveriam aceitar cartões de crédito, débito e PIX como formas de pagamento.

Free Flow: o futuro dos pedágios

No Free Flow ninguém precisa parar em cancelas
No Free Flow ninguém precisa parar em cancelas Imagem: Reprodução/ EcoNoroeste
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Uma alternativa cada vez mais comum no Brasil para evitar o trânsito causado pelos pedágios é o sistema Free Flow, que elimina a necessidade de caixas físicos e barreiras como cancelas. Nesse modelo, o tráfego flui livremente, enquanto a cobrança é feita automaticamente por pórticos instalados nas rodovias. O pagamento é feito depois, nos canais da concessionária da rodovia ou via tags.

O sistema combina diferentes tecnologias para garantir a identificação e cobrança:

  • RFID: antenas nos pórticos identificam as tags eletrônicas dos veículos.
  • Reconhecimento de placas (ANPR): câmeras capturam as placas para registro e cobrança de veículos sem tags.
  • Sensores adicionais: verificam peso e velocidade dos veículos para integrar dados ao sistema.

Ao passar por um pórtico, o motorista não precisa parar ou reduzir significativamente a velocidade, o que garante uma experiência mais fluida e eficiente.

O modelo já opera em trechos importantes do Brasil, como:

  • Rodovia Rio-Santos (BR-101), no Rio de Janeiro: pórticos instalados em Paraty (km 538), Mangaratiba (km 447) e Itaguaí (km 414).
  • Rodovia Laurentino Mascari (SP-333), em São Paulo: entre Sertãozinho e Jaboticabal (km 110) e em Itápolis, entre Itápolis e Taquaritinga (km 179)
  • Outros estados como Rio Grande do Sul e Minas Gerais também avançam na adoção desse sistema.
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Reportagem

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