A participação dos impostos sobre produtos no valor adicionado ao PIB (Produto Interno Bruto) voltou a crescer neste ano. Os números do IBGE permitem calcular um patamar de 15,5% para o segundo trimestre de 2024.
O instituto, que divulgou nesta terça (3) dados das Contas Nacionais Trimestrais, atribui a recuperação ao desempenho da indústria no período e ao aumento das importações.
O setor mais tributado da economia registrou o maior crescimento em nove trimestres (1,8%). As importações avançaram no maior ritmo em 13 trimestres (7,6%).
Os impostos sobre produtos registraram no ano passado a menor participação no valor adicionado ao PIB desde 1998. Corresponderam a 14,4% da produção dos três grandes setores (agropecuária, indústria e serviços). Em 2005, eram 17,8%.
No ano passado, as importações caíram, a indústria teve contração e o impacto da intervenção federal no ICMS ainda foi sentido.
No primeiro semestre de 2024, os impostos cresceram 4,4% em relação ao mesmo período do ano anterior), acima do PIB (2,9%).
Os dados do IBGE incluem impostos líquidos de subsídios, que correspondem a menos da metade da arrecadação nacional. A carga tributária total era de 32,4% do PIB em 2023.