Alerta veio em março de 2021. Os astrônomos observaram pela primeira vez as estranhas emissões por um sistema automatizado que usa dados da Zwicky Transient Facility (ZTF) na Califórnia para detectar objetos que rapidamente queimam no céu do norte.
Explosões em 2022 levaram a outras explicações. Antes, o fenômeno foi sinalizado com uma potencial supernova devido ao padrão repentino de brilho. O evento foi reclassificado, na sequência, como um núcleo galáctico ativo —um termo usado para classificar um buraco negro que se alimenta de material de um disco de acreção circundante.
Lorena Hernández-García, autora do estudo e astrofísica do Instituto Millennium de Astrofísica, no Chile, disse ao Space.com: "Isso é muito diferente de qualquer coisa que eu já vi antes".
O que sugerem os dados
Os dados não apontaram até o momento nenhuma característica de um evento de perturbação, ou TDE. É quando uma estrela é dilacerada pela gravidade de um buraco negro.
O modelo que se encaixa nos dados sugere que uma enorme nuvem de gás se aproximou da galáxia em uma trajetória perpendicular à órbita dos dois buracos negros. Maior do que o próprio sistema binário, a nuvem de gás teria sido despedaçada pelas imensas forças gravitacionais dos buracos negros.