O sindicato dos auditores fiscais da Receita de Minas Gerais (Sindifisco) publicou e apagou de seu site nesta quarta-feira (8) uma nota que afirmava que o secretário da Fazenda de Minas Gerais, Luiz Cláudio Gomes, teria antecipado um veto do governador Romeu Zema (Novo) a um reajuste da remuneração dos servidores.
Trata-se de um aumento na gratificação que pode ser paga aos auditores fiscais do estado. Caso sancionado, eles poderiam receber até quatro vezes o salário-base da função (R$ 10,6 mil), ou seja, a remuneração poderia ser de até R$ 42,4 mil, além do vencimento básico.
O projeto, inserido por meio de um "jabuti" (tema alheio ao assunto do projeto) na Assembleia Legislativa, repercutiu diante do teto de gastos em vigor no estado, que impede o reajuste de salários de servidores acima da inflação do ano anterior.
A secretaria da Fazenda nega que o secretário tenha antecipado o veto ao sindicato e diz que a publicação foi excluída porque tratava-se de uma mentira do Sindifisco. Afirma ainda que só poderá comentar o assunto caso ele se torne lei.
O presidente do Sindifisco, Matias Bakir, disse que a nota foi removida por um problema técnico, mas que voltaria ao site na manhã desta quinta-feira (9).
Disse também que os comunicados são restritos aos sindicalizados e, portanto, não são acessíveis ao público.
"Para a diretoria [do sindicato], o secretário de Fazenda é integralmente responsável por essa derrota, por não ter sido capaz de defender o pleito do Fisco", dizia a nota publicada no site e encaminhada aos membros, ao qual a coluna teve acesso.