O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), avaliou ser um “retrocesso” a decisão da Meta – dona do Facebook, do Instagram e do Whatsapp – de encerrar a checagem de fatos em suas plataformas nos Estados Unidos.
Em sua avaliação, as plataformas digitais precisam agir com responsabilidade e bilionários não podem fazer “o que querem”.
“A democracia é uma conquista da civilização e nós não podemos permitir abuso do poder econômico e estruturas econômicas muito fortes prejudicarem o conjunto da sociedade, os direitos individuais e coletivos”, comentou Alckmin, em entrevista à Rádio Eldorado, nesta quinta-feira (9).
“Não é possível você ter plataformas, você ter órgãos de comunicação de presença global, sem responsabilidade, sem responsabilização. Não pode desinformar as pessoas, não pode mentir, difamar, precisa ter responsabilidade; o convívio em sociedade tem direitos e deveres”, completou Alckmin.
“Não é porque alguém é bilionário que ele pode fazer o que quer”, afirmou, em referência a Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta.
Na fala, o também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços elogiou a declaração feita pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na quarta-feira, o magistrado comentou que, para continuar operando do Brasil, as big techs têm que respeitar a legislação do país.
Continua depois da publicidade
“Eu acho que a regulamentação da questão das fake news pelo Congresso Nacional e a postura do Judiciário são necessários em defesa da sociedade”, afirmou Alckmin. “É um retrocesso, já era feita a checagem dos fatos em benefício àquele que é informado, ao seu cliente, é fundamental isso.”