Laboratórios farmacêuticos se mobilizam no Congresso para tentar emplacar o atual diretor da Anvisa Daniel Fernandes Pereira na diretoria de medicamentos. Hoje ele comanda outra divisão da agência de vigilância sanitária.
O movimento por empresários junto a senadores antecede a troca de cadeiras que ocorrerá na diretoria da agência em dezembro, quando três assentos estarão livres com o vencimento dos mandatos.
Daniel Pereira é um dos dois diretores que continuarão no posto.
Pelo acordo entre Congresso e Planalto, caberá ao Senado indicar um nome para a Anvisa e, ao governo, os outros dois nomes.
Recentemente, o dono do EMS, Carlos Sanchez, reclamou publicamente em um evento com o presidente Lula que a Anvisa demora demais a liberar medicamentos.
Os episódios envolvendo demora em decisões de reguladores de medidas considerados "políticas públicas" levou o governo a cogitar uma revisão ampla do funcionamento das agências.
O carro-chefe desse descontentamento é a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que está no epicentro da crise envolvendo a concessionária Enel, em São Paulo.
O temor entre técnicos na Anvisa é que, sob o pretexto de mudanças, o governo ceda a pressões políticas e interesses privados no momento em que haverá troca de diretores.
A temporada de troca de assentos também ocorrerá em outras agências e a mobilização empresarial em torno de políticos não é diferente. Haverá postos na ANTT (trannsportes terrestres), Anatel (telecomunicações), ANS (saúde), entre outras.
Com Diego Felix