A guerra entre varejistas nacionais e as plataformas estrangeiras, especialmente asiáticas, continua. Mesmo com a decisão do Comsefaz, que reúne os secretários estaduais de Fazenda, de aumentar o ICMS para importados, as brasileiras afirmam que o jogo continua descompensado.
Na semana passada, após pressão de grandes grupos nacionais, o Comsefaz aumentou de 17% para 20% a alíquota do imposto sobre remessas postais e expressas importadas pelo Regime de Tributação Simplificada (RTS).
A medida entrará em vigor a partir de 1° de abril de 2025.
A Abvtex (Associação Brasileira do Varejo Têxtil) afirma que, mesmo assim, a carga tributária de plataformas como Shopee, Alibaba, entre outras, passou de 44,5% para 50%, enquanto a da indústria nacional permaneceu em 90%.
"O impacto no preço final desses artigos importados é de apenas 3,7%, segundo os cálculos do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo)," disse Edmundo Lima, diretor-executivo da Abvtex. "Queremos isonomia e esperávamos que a carga tributária fosse similar entre a indústria e o varejo nacionais e os sites estrangeiros de e-commerce."
A reação ocorre após grandes grupos estrangeiros, como Shein e AliExpress, afirmarem publicamente que os consumidores brasileiros já enfrentam a maior carga tributária do mundo para compras em plataformas estrangeiras. Para ambos, isso dificulta o acesso a produtos.
Com Diego Felix