Sucessor de Milton Leite (União) na presidência da Câmara Municipal de São Paulo, Ricardo Teixeira (União Brasil) acumula reveses em meio ao tiroteio entre aliados e opositores do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Em quatro meses, ele teve dificuldades em arregimentar os vereadores para votar a mudança de nome da GCM (Guarda Civil Metropolitana) para Polícia Municipal e também não conseguiu pautar debates sobre as emendas impositivas.
Neste último tema, Teixeira havia se comprometido a debater um projeto de lei que institui a obrigatoriedade no pagamento das emendas, mas enfrentou resistência de Nunes.
Na semana passada, uma decisão judicial estendeu o prazo para que Teixeira instale duas CPIs já aprovadas em plenário: a das Enchentes e a da Habitação Social.
Em mandado de segurança, vereadores do PT e do PSOL dizem que Teixeira se omitiu na hora de instalar a CPIs, que acabaram inviabilizadas.
Apesar de terem sido aprovadas pelo plenário, os líderes de bancadas ligados ao prefeito se comprometeram em não indicar nenhum nome para compor as duas comissões.
De acordo com o regimento da Câmara, a designação dos integrantes das CPIs caberá ao presidente.
Nome escolhido pelo União para presidir a Câmara neste ano, Teixeira estava disposto a voltar a ser o secretário de Mobilidade Urbana e Trânsito.