A campanha nacional de bolsonaristas iniciada nos últimos dias contra o PSD gerou reflexos em São Caetano, no ABC paulista, onde o candidato a prefeito Tite Campanella (PL) é apoiado pelo atual ocupante do cargo, José Auricchio (PSD).
Nos últimos dias, líderes do PL iniciaram uma mobilização em redes sociais contra o PSD e figuras do partido, como o presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG).
A campanha é liderada, entre outros, pelos deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO), que chamam o PSD de "inimigo oculto". A principal razão seria o fato de Pacheco e senadores da legenda não apoiarem o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Candidato a vereador bolsonarista em São Caetano, Giovani Falcone (PL) juntou-se ao coro contra o PSD e foi questionado em um grupo por um assessor de Auricchio pelo posicionamento. O auxiliar do prefeito lembrou que os partidos são coligados na cidade e que Auricchio é o principal padrinho de Campanella.
Em nota, Falcone se explicou. "Sinto muito se o prefeito e a nossa vice integram o partido do Kassab. Creio que quando eles se filiaram a esta legenda o fizeram de boa-fé e sem conhecimento claro da extensão dos prejuízos políticos que este cacique partidário vem causando ao país", declarou.
O candidato ainda "conclamou os dois que se unam ao povo e façam chegar ao seu líder o nosso maior anseio, que é o afastamento imediato do ministro Alexandre de Moraes, e que ele responda pelas atitudes que vem tomando".