O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou, no fim da tarde desta quarta-feira (4), no plenário da Casa, que a votação da indicação do economista Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central (BC) será realizada apenas após o primeiro turno das eleições municipais, no dia 8 de outubro.
Pacheco se referia à votação no plenário do Senado. Antes dessa data, portanto, a indicação de Galípolo terá de ser submetida a uma sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, comandada pelo senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO).
O motivo alegado pelo presidente do Senado para marcar a votação para o início de outubro é justamente a realização das eleições municipais, que provocam um esvaziamento do Congresso Nacional.
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O primeiro turno da eleição acontece no dia 6 de outubro. O segundo turno será no dia 27.
“Neste mês de setembro, todos sabemos que é um período de processo eleitoral em que, naturalmente, há uma dificuldade para reunirmos aqui um maior quórum no plenário, tanto para a deliberação de proposições legislativas mais relevantes quanto para indicações dessa natureza”, afirmou Pacheco.
“Diante disso, gostaria de comunicar que estamos encaminhando a mensagem à CAE de que ficará a cargo do senador Vanderlan a definição da data da sabatina. E, da parte da presidência do Senado, gostaria de deixar definida a data para apreciação no plenário, no dia 8 de outubro, após as eleições”, completou o senador.
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Atual diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir o comando da autoridade monetária a partir de 2025. Ele vai suceder o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, cujo mandato se encerra no dia 31 de dezembro deste ano.
Antes de chegar ao BC, Galípolo foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda, número 2 da pasta comandada pelo ministro Fernando Haddad (PT).