A decisão de colocar a bandeira americana na Lua - comprada por apenas 5,50 dólares numa loja em Houston e descrita por Aldrin como um símbolo da "unificação quase mística de todas as pessoas do mundo naquela época" - gerou preocupações sobre possíveis reivindicações territoriais, algo proibido pelo Tratado do Espaço Exterior das Nações Unidas de 1967. No entanto, prevaleceu a pressão do Congresso americano, argumentando a necessidade de simbolizar a conquista nacional.
"Na época, a questão sobre se os Estados Unidos deveriam hastear uma bandeira na Lua era muito controversa", disse Teasel Muir-Harmony, curador da coleção Apollo no Museu Nacional do Ar e do Espaço, à Smithsonian Magazine. "Mas com a pressão do Congresso, foi decidido hastear uma bandeira na Lua", acrescentou.
Anne Platoff, em um relatório para a NASA, destacou como o design do mastro permitiu que a bandeira fosse exibida sem vento, uma inovação técnica que reflete os desafios únicos da engenharia espacial. Mas o ato também trazia uma mensagem subliminar, como a própria Platoff destacou: a presença e a influência dos Estados Unidos no espaço.
"É claro que o estatuto legal da Lua não seria afetado pela presença de uma bandeira americana na superfície, mas a Nasa estava ciente da controvérsia internacional que poderia surgir como resultado", escreveu Platoff.
Outros objetos deixados na Lua
Além das bandeiras, os astronautas que já passaram pela Lua deixaram por lá uma grande variedade de objetos, que contam a história da exploração espacial.