Nissan: falta de híbridos estaria matando a empresa, diz publicação

há 3 semanas 1

Com o abrandamento da pandemia da COVID-19, o CEO da Nissan, Makoto Uchida, avançou a toda velocidade em direção a um futuro totalmente elétrico e se afastou dos híbridos. Essa decisão pode encerrar o mandato de Uchida à frente da Nissan, pois é um fator importante nos atuais problemas financeiros da montadora.

Pelo menos essa é a conclusão de um relatório recente da Reuters, que revelou algumas preocupações internas sobre a visão de Uchida de deixar os híbridos para trás. Citando fontes não identificadas familiarizadas com o plano da Nissan, há meses surgiram dúvidas dos gerentes sobre a falta de modelos híbridos para o mercado dos EUA. O relatório alega que a liderança da Nissan não acreditava que a crescente demanda por híbridos fosse durar. "É uma desculpa, mas até novembro do ano passado, não fomos capazes de prever o rápido aumento da demanda por híbridos", disse Uchida, de acordo com a Reuters.

2025 Nissan Leaf

A ironia aqui é que a Nissan está vendendo veículos. Na verdade, as vendas na América do Norte aumentaram 1,7% em relação a 2023, o que foi significativamente maior em comparação com 2022, quando os problemas da cadeia de suprimentos eram galopantes. Dito isso, a marca de luxo da Nissan, Infiniti, caiu 12,8%. Como resultado, as vendas gerais do Nissan Group caíram 2,2% nesta região. Isso ainda não é terrível, mas, como explica a Reuters, as vendas são, em grande parte, impulsionadas por incentivos que reduzem os lucros. A China também é um fator importante, onde as vendas gerais caíram 13,1%.

Isso significa que a Nissan está tendo dificuldades em escala global. No mês passado, a empresa japonesa anunciou que seu lucro operacional sofreu uma queda surpreendente de 90% no primeiro semestre do ano fiscal. O lucro líquido caiu 94%. Isso levou o CEO Makoto Uchida a anunciar uma série de reformas e medidas de corte de custos. Mas os cortes só podem ir até certo ponto.

A Nissan está planejando uma onda de lançamentos eletrificados com 16 novos trens de força híbridos até 2027. É claro que isso depende da sobrevivência da empresa por tempo suficiente para que isso aconteça.

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