Mudança climática: Agropecuária deve ter prejuízo bilionário em agosto

há 4 meses 11

Em relatório publicado na quarta-feira, 27, a XP Investimentos destaca que incêndios, altas temperaturas e escassez de água são os maiores riscos para quem investe no agronegócio. "Estes fatores afetam particularmente as produtividades dos produtores agrícolas (SLC e Brasil Agro) e consequentemente a demanda pelos produtos dos players de insumos agrícolas (3Tentos, Boa Safra, Vittia e AgroGalaxy)", indica o boletim.

Fogo: ultrapassado e poluidor

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) se reuniram nesta quarta-feira, 28, e discutiram o avanço de políticas públicas para substituir o uso do fogo, já que é uma técnica antiga, mas ainda permitida por lei - a exemplo da nova Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, aprovada em julho.

"[O fogo] tem que ser extinto de fato, porque não faz sentido nem do ponto de vista ecológico, nem agronômico. Você queimar a matéria orgânica é uma coisa impensável, temos que manter a matéria orgânica no solo para conseguir os nutrientes para as plantas. Então temos que avançar na substituição do uso do fogo por algo mais estratégico, além de trabalhar na conscientização dos agricultores", afirma Moisés Savian, secretário de Governança Fundiária, Desenvolvimento Territorial e Socioambiental do MDA.

Enquanto isso, o Observatório do Clima encaminhou ao governo brasileiro uma proposta para que o país diminua as emissões de gases de efeito estufa em 92% até 2035, se quiser contribuir para limitar o aquecimento do planeta em 1,5º C. O desmatamento, as queimadas e a emissão de gás metano emitido pela pecuária são fatores relevantes para o Brasil ser um grande poluidor.

Além da eliminação do desmatamento, sobretudo ilegal, Renata Potenza, especialista de políticas climáticas do Imaflora, defende uma política nacional de rastreabilidade, a fim de saber sob quais condições os grãos e o gado são produzidos.

Leia o artigo completo