Motos podem ser as primeias vítimas da gasolina com mais etanol

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Na última terça-feita (18/3), o Ministério de Minas e Energia apresentou os resultados dos testes de viabilidade técnica para o uso de gasolina com 30% de teor de etanol, realizados em conjunto com o Instituto Mauá de Tecnologia (IMT). De acordo com a pasta, aumentar o teor dos atuais 27% para 30% é algo viável.

O gabinete promete que mais etanol na gasolina comum pode aumentar a independência da importação do combustível fóssil e pode reduzir o seu valor em até R$ 0,13 por litro. No entanto, os testes do IMT não foram tão positivos assim para todos os veículos. A Abraciclo, associação que reúne as principais fabricantes de motocicletas do Brasil, afirmou em comunicado que os resultados dos testes para motos levantaram alguns pontos de atenção, ainda que a entidade siga apoiando a medida.

Relatos apontam 13 motocicletas foram utilizadas durante os testes do IMT testando a gasolina com 30% de etanol, com algumas delas apresentando problemas de partida a frio. É uma consequência esperada para propulsores monocombustível usando proporções maiores do combustível vegetal, ainda mais em motores de motos pequenas arrefecidos ar, com menos gerenciamento térmico.

Confira na íntegra o posicionamento da Abraciclo:

"A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – ABRACICLO, entidade que representa o Setor de Duas Rodas no País, apoia o uso dos biocombustíveis e sua contribuição para a economia e o meio ambiente, sendo o Brasil pioneiro mundial no desenvolvimento e produção das motocicletas equipadas com tecnologia flex fuel.

A Associação integrou o grupo de acompanhamento dos testes do E30, realizados pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), e a avaliação dos resultados e ensaios indicaram pontos de atenção.

O tema continuará sendo acompanhado visando a segurança e o adequado funcionamento das motocicletas em circulação."

Consequências e o que diz a Lei

A medida de elevar o teor de etanol na gasolina comum dos atuais 27% para 30%, segundo a pasta presidida por Alexandre Silveira, poderia reduzir os custos dos combustíveis e tornar o país mais independente da importação de combustível. A conta é simples: mais etanol na gasolina comum significa menos gasolina necessária para a venda. Entretanto, a nova combinação deixaria veículos que já sofrem com os atuais combustíveis, como os carros nacionais e importados monocombustíveis não adaptados à nova mistura, em situação mais complicada. 

Hoje, a legislação brasileira permite ampliação dessa combinação para até 35% desde que haja estudos - e aprovação - da viabilidade técnica, conforme a Lei 14.993, aprovada em 2024 e que regulamenta e cria programas de incentivo à produção e ao uso de combustíveis sustentáveis, já que o etanol é considerado combustível ''verde'' - ainda que gere menos dióxido de carbono que a gasolina, a produção de cana-de-açúcar não é exatamente limpa.

A pasta, entretanto, não informou se pretende alterar a quantidade de etanol também da gasolina premium, mais recomendada para veículos que não sejam flex. A partir de agora, com a aprovação da viabilidade técnica, o projeto entrará em uma nova fase de avaliação, sendo levado para o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) ainda neste ano. 

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