Um levantamento inédito realizado pelo Observatório Nacional da Indústria da CNI (Confederação Nacional da Indústria) identificou que, a cada emprego gerado no setor de defesa, outros três postos de trabalho são abertos em outros segmentos.
Entre as áreas mais impactadas estão a de fabricação de máquinas e equipamentos mecânicos, a de automóveis, caminhões e ônibus, a de fabricação de produtos eletrônicos, ópticos e de informática e a da construção.
Ainda de acordo com os dados analisados pelo observatório, a Base Industrial de Defesa e Segurança gera 2,9 milhões de empregos diretos e indiretos no país e representa 3,58% do PIB (Produto Interno Bruto).
Na terça-feira (8), o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, e o presidente da CNI, Ricardo Alban, assinarão um acordo de cooperação técnica para mapear as oportunidades e os desafios do setor no país.
A ideia é que a parceria viabilize novas oportunidades comerciais para a indústria de defesa e segurança nos mercados nacional e internacional. Como os produtos têm alto valor agregado, o bom desempenho nas exportações traz também benefícios para a cadeia de produção em solo brasileiro.
Entre janeiro e julho deste ano, as exportações em defesa apresentaram o melhor resultado da série histórica iniciada em 2013, batendo a marca de US$ 1,47 bilhões (cerca de R$ 8,02 bilhões). Componentes e aeronaves, como o KC-390 e o A-29 Super Tucano, foram alguns dos produtos mais vendidos no período.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH