Ministério da Agricultura proíbe venda de 12 marcas de azeite; veja lista

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O Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) emitiu um alerta de risco sobre a comercialização de 12 marcas de azeite de oliva na manhã desta terça-feira (12). Ao todo, seis marcas tiveram todos os seus lotes desclassificados por fraude, enquanto outras seis tiveram a proibição de venda de lotes específicos.

De acordo o ministério, a desclassificação dos produtos aconteceu após a realização de testes físico-químicos que identificaram que os itens não atendem os padrões de identidade e qualidade estabelecidos pela Instrução Normativa nº 01/2012, sendo considerados impróprios para consumo.

"As análises detectaram a presença de outros óleos vegetais, não identificados, na composição dos azeites, comprometendo a qualidade e a segurança dos produtos", diz o ministério.

Devido à falta de clareza com a procedência dos óleos, os produtos também representam risco à saúde dos consumidores.

O ministério destaca ainda que algumas das empresas responsáveis estão com CNPJs suspensos ou baixados pela Receita Federal.

"A comercialização desses produtos configura uma infração grave, e os estabelecimentos que continuarem a vendê-los poderão ser responsabilizados", diz o Mapa em nota.

As marcas desclassificadas pelo ministério foram as seguintes:

  • Grego Santorini;
  • La Ventosa;
  • Alonso;
  • Quintas D’Oliveira;
  • Olivas Del Tango;
  • Vila Real;
  • Quinta de Aveiro;
  • Vincenzo;
  • Don Alejandro;
  • Almazara;
  • Escarpas das Oliveiras
  • Garcia Torres.

É recomendado que os consumidores que possuírem os azeites dessas marcas interrompam o seu uso imediatamente.

Denúncias sobre a venda de produtos fraudulentos podem ser feitas por meio do canal oficial Fala.br, que deve ser acompanhada pela indicação do local onde a compra foi feita.

A Folha não conseguiu localizar nenhuma das marcas responsáveis pela produção dos azeites, mas entrou em contato com as distribuidoras do produto.

Cleber Mantovani, representante da distribuidora Mantovani Importação e Exportação, explica que a compra de um dos azeites desclassificados foi feita com um vendedor de confiança, mas que, por conta do grande volume de itens que envolvem o trabalho da distribuidora, a verificação dos registros do produto não foi realizada.

"Quando ficamos sabendo da lista feita pelo Mapa, fizemos imediatamente o recolhimento do produto que será encaminhado ao aterro sanitário. Nós jamais permitiríamos que um produto sem regularização fosse comercializado", afirma o empresário.

A Tascheti Alimentos e Serviços diz que o setor jurídico da distribuidora está tomando as devidas providências para tentar minimizar a mancha causada na marca.

Sobre o lote proibido pelo Mapa, a distribuidora explica que "o fato ocorreu em razão de problemas técnicos internos, recaintes apenas e tão somente sobre o referido lote, de modo que, todos os demais estão absolutamente desimpedidos de comercialização e cuja qualidade é garantida". Todos os produtos referentes ao lote em questão já tiveram a sua retirada determinada pela empresa.

Até o momento, as demais distribuidoras não retornaram contato.

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