Diante de incertezas em relação à saúde de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cenários de segundo turno das eleições de 2026 simulados pela pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (12) mostram que o presidente venceria seus principais adversários caso decida disputar a reeleição.
Segundo o levantamento, Lula venceria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível e alvo de investigação pela Polícia Federal, por 51% a 35% se as eleições fossem hoje. A diferença, de 16 pontos percentuais, é a menor entre os cenários estimulados.
Contra governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Lula venceria por 52% a 26%. O presidente também sairia na frente de Pablo Marçal (PRTB), com 52% das intenções de voto contra 27% do oponente; e de Ronaldo Caiado (União Brasil), com 54% a 20% – nesse último caso, 21% disseram que votariam branco/nulo ou não votariam.
Em cenários com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disputando no lugar de Lula, o governista também leva vantagem diante dos nomes da direita oferecidos aos entrevistados. Embora com uma diferença menor em relação a Lula, eles também deram preferência para Haddad contra Bolsonaro (42% a 35%), Tarcísio (44% a 25%), Marçal (42% a 28%) e Caiado (45% a 19%). O nome do ministro, no entanto, fez aumentar o percentual de eleitores que declararam que votariam branco/nulo, ou não compareceriam ao pleito.
As entrevistas foram realizadas no mesmo período em que a Quaest também avaliou a aprovação do governo Lula, que oscilou para cima, a 52%, após o anúncio das medidas fiscais e da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais.
Os entrevistados também mostraram preferência geral de 52% por Lula em 2026, e rejeição de 45%, menor do que a de Fernando Haddad, que ficou com 52%. A maioria considera que o presidente não deve disputar a reeleição, mas o número mostrou queda dessa posição em relação ao levantamento realizado em outubro.
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Metodologia
A Quaest realizou 8.598 entrevistas presenciais entre os dias 4 e 9 de dezembro, feitas com eleitores que votaram em Lula, Bolsonaro ou branco/nulo nas eleições de 2022. A margem de erro é de um ponto percentual.