O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, nesta quarta-feira (25), seu encontro com dirigentes da Shell em Nova York, para onde o petista viajou para participar da Assembleia-Geral da ONU.
Lula afirmou não ver nenhuma contradição da reunião com o discurso ambiental do governo. "Eu não tô vendo nenhuma contradição. Recebi um empresário de uma empresa que, simplesmente, está há cem anos no Brasil, disse Lula.
Lula recebeu na residência da embaixada do Brasil em Nova York o presidente global da petroleira, Wael Sawan, e o presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto. A agenda, que não constou entre os compromissos oficiais do petista, foi revelado pela BBC Brasil.
Cristiano Pinto, porém já comentou publicamente sobre o interesse da empresa na exploração da margem equatorial, uma região de costa marítima entre o Rio Grande do Norte e o Amapá, considerada uma das últimas fronteiras petrolíferas não exploradas no país.
Lula ressaltou que a Shell tem investimentos no Brasil, mas que a empresa "só vai para a margem equatorial quando o governo brasileiro autorizar".