O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (17) que o desempenho da economia recebeu elogios dos representantes dos principais bancos do país, durante reunião realizada no dia anterior. Lula disse que a economia está "surpreendendo o mercado".
Ele também voltou a defender os gastos com saúde e educação, enquanto sua equipe econômica discute um pacote de cortes para equilibrar as contas públicas.
"Tem gente que fala que o Lula está gastando dinheiro à toa, está gastando com pobre. É outra coisa que fico muito irritado. Tudo que o governo faz é gasto. Se um banqueiro disser que está fazendo um banheiro, é investimento. Se disser que está arrumando a calçada, é investimento", afirmou o presidente.
"O empresário que vai pagar o salário dos funcionários é investimento, mas, quando é o governo, é gasto. Quero dizer em alto e bom som, para mim, educação não é gasto, saúde não é gasto", completou.
Lula concedeu entrevista para a emissora de rádio Metrópole, de Salvador. O presidente está em viagem à Bahia para anúncios de medidas na área da educação.
As declarações do presidente foram dadas um dia após ter recebido em reunião no Palácio do Planalto a cúpula da Febraban (Federação Brasileira os representantes dos principais bancos do país. Participaram o presidente da entidade, Isaac Sidney; o presidente do conselho diretor da entidade, Luiz Carlos Trabuco; o CEO do Itaú, Milton Maluhy; o CEO do Bradesco, Marcelo Noronha; o CEO do Santander Brasil, Mario Leão; e o presidente do Conselho de Administração do BTG, André Esteves.
Da parte do governo, participaram os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Fernando Haddad (Fazenda). Os ministros e Sidney conversaram com jornalistas sobre o encontro.
"A economia está bem e surpreendendo o mercado. Ontem fiz reunião com os principais bancos brasileiros e todos eles elogiando o crescimento: ‘presidente, vocês estão crescendo acima do mercado, as coisas estão boas, o emprego está crescendo, a massa salarial está crescendo, a inflação está mais ou menos controlada’. Está tudo mais ou menos do jeito que eu quero que esteja", afirmou o presidente.