Aracaju
A Justiça de São Paulo negou nesta quinta (10) um pedido da influenciadora Deolane Bezerra para tirar uma reportagem do SBT, exibida em 2022, que relatava o início de uma investigação para saber sobre uma suposta ligação com a facção criminosa PCC. Deolane pode recorrer da decisão.
A solicitação era para as páginas da reportagem no site da emissora da família Abravanel, além de vídeos em seu canal no YouTube. Na ocasião, a reportagem teve repercussão por ser a primeira a falar de uma ação da polícia sobre Deolane.
Segundo documentos obtidos pela coluna, Deolane solicitou na Justiça a remoção do material no mês passado. Deolane alegou que sua empresa foi notificada pelo banco BTG Pactual, que identificou a reportagem apenas em janeiro, durante uma análise sobre o nome de Deolane para investimentos.
Para ela, o fato de receber uma notificação de uma instituição financeira é ruim para os seus negócios em redes sociais, além de danoso para a sua imagem.
Deolane alegou que "a notícia diz respeito a processo que se encontra arquivado". Deolane também acusou o SBT de "perpetuar condutas discriminatórias, baseando-se em "fake news", sem fundamentos jurídicos ou fáticos".
A 1ª Câmara do Direito Privado do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) negou a solicitação. Segundo o desembargador Enéas Costa Garcia, que assina a decisão, não há elementos que comprovem sua alegação.
O magistrado diz que o SBT se guiou em uma investigação da polícia civil baseada em relatórios do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), e que tirá-la do ar seria censura.
"Não se identifica, portanto, caráter difamatório ou conteúdo ofensivo na matéria, que possui natureza jornalística e aborda fato de conhecimento público e interesse coletivo".
Procurada pela coluna, a defesa de Deolane não se pronunciou até a última atualização.
Veja a reportagem que o SBT exibiu na época: