Já foi mais alcoólico do que cerveja: as curiosidades do Biotônico Fontoura

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Campanha publicitária do Biotônico Fontoura veiculada em 1928
Campanha publicitária do Biotônico Fontoura veiculada em 1928 Imagem: Reprodução/Museu da Propaganda

"O mais completo fortificante". As campanhas publicitária eram uma das principais ferramentas utilizadas pelos fabricantes do Biotônico Fontoura. O produto prometia a beleza para as mulheres e, para os homens, o vigor. Para as crianças, o fortificante era discutido informalmente como uma forma de melhorar o apetite, sendo muito utilizado pelas famílias cujas crianças eram consideradas "difíceis" na alimentação.

Exportação e nomes importantes como parceiros

Produto brasileiro era exportado para os Estados Unidos. Durante o período da Lei Seca nos EUA, entre 1920 e 1933, o Biotônico Fontoura foi amplamente exportado para os norte-americanos. Como a fabricação e a comercialização de bebidas alcoólicas era proibida no país, o suplemento era aceito por se enquadrar como um medicamento, apesar de apresentar teor alcóolico de 9,5%.

Para popularizar o Biotônico, Cândido Fontoura contou com o auxílio de Monteiro Lobato. O escritor criou em 1920 as histórias de Jeca Tatuzinho, personagem que sofria com o desânimo extremo e a fraqueza. Após ser examinado por um médico, Jeca começa a usar o Biotônico Fontoura e vê sua saúde melhorar. "O Biotônico deixou-o bonito, corado, forte como um touro", diz a história. Jeca Tatuzinho fazia parte do Almanaque Fontoura, material que acompanhava o produto.

Pelé como garoto propaganda. No início da década de 1960, o Biotônico Fontoura teve um nome ilustre na divulgação do produto: o Rei Pelé. Indicando que o suplemento era responsável por fazer "campeões na saúde", a propaganda trazia o ex-jogador declarando que tomava sua dose diária de Biotônico Fontoura junto com as refeições.

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