Tive a oportunidade de guiar por cerca de 60 km, em trecho misto de cidade e rodovia, incluindo muitas curvas na deliciosa estradinha que corta a cidade de Araçariguama, interior de São Paulo. O carro se comportou muito bem em todas as condições.
No trânsito chato da capital paulista, o silêncio e suavidade de um veículo elétrico poupa o motorista. Destaque para o excelente isolamento acústico, já que pouco se ouve do que acontece fora do carro.
Já na estrada, foi possível dar umas 'patadas' no acelerador e sentir de imediato os 61,6 kgfm de torque forçando meu corpo no encosto do banco. Aliás, que belos bancos tem o Ioniq 5. Com várias regulagens elétricas, inclusive de apoio para as pernas e duas memórias, está mais para uma poltrona que convida o motorista a passar boas horas na estrada. E tudo se repete para o passageiro.
Os dois assentos dianteiros contam com ventilação e aquecimento, enquanto os traseiros vem com regulagens de distância e inclinação. Nada mal para quem, assim como eu, valoriza conforto a bordo.
A plataforma é própria de veículos elétricos, e não uma adaptação. Sendo assim, foi possível acomodar a bateria de 84kWh na parte mais baixa do assoalho e instalar um motor em cada eixo, ou seja, todas as rodas tracionam.
Os dois motores rendem juntos 325 cv de potência. Já a autonomia medida pelo Inmetro é de 374 km. Claro que o motorista que se animar muito com a força desse carro e não souber dosar o pé no acelerador não vai chegar nem perto dessa autonomia.