Inflação nos EUA desacelera a 2,1% em 12 meses e tem menor patamar em três anos

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O índice de preços PCE, referência para o Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) determinar a política monetária, aumentou 0,2% em setembro, mas apresentou desaceleração para 2,1% no acumulado de 12 meses, o menor aumento anual desde fevereiro de 2021. Em agosto, o acumulado estava em 2,3%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (31).

Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice de preços PCE subiu 0,3%, depois de aumentar 0,2% em agosto. Economistas haviam previsto que a inflação medida pelo PCE ficaria em 0,2% em setembro.

Nos 12 meses até setembro, o núcleo da inflação teve alta de 2,7% pelo terceiro mês consecutivo. O Fed acompanha as medidas de preço do PCE para sua meta de inflação de 2%.

No mês passado, o banco central dos EUA iniciou seu ciclo de afrouxamento da política econômica com um corte de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, a primeira redução nos custos de empréstimos desde 2020. A taxa básica do Fed está agora na faixa de 4,75% a 5%. Na próxima semana, os dirigentes se reúnem para determinar se haverá mudança no índice.

Já os gastos dos consumidores aumentaram um pouco mais do que o esperado em setembro, colocando-os, assim como a economia, em uma trajetória de crescimento mais alta rumo aos últimos três meses do ano.

Os gastos dos consumidores, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram 0,5% no mês passado, após um ganho revisado para cima de 0,3% em agosto, informou o Departamento de Comércio.

Economistas consultados pela Reuters previam que alta de 0,4%, depois de um aumento de 0,2% relatado anteriormente em agosto.

Os dados foram incluídos no relatório do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre, publicado na quarta-feira. Os gastos dos consumidores aumentaram a uma taxa anualizada de 3,7%, a maior desde o primeiro trimestre de 2023, contribuindo com a maior parte do ritmo de crescimento de 2,8% da economia no último trimestre.

Folha Mercado

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Os gastos estão sendo impulsionados por um mercado de trabalho resiliente, bem como por um aumento no patrimônio líquido das famílias, graças a um boom no mercado de ações e ao aumento dos preços das casas. Mas há preocupações de que o crescimento esteja sendo impulsionado principalmente pelas famílias de renda média e alta, que têm mais flexibilidade e capacidade de substituição do consumo.

A queda da inflação está, no entanto, oferecendo algum alívio para as famílias, especialmente as de baixa renda.

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