Incêndios em SP: produtores de cana podem ter prejuízo de R$ 350 milhões

há 4 meses 10

Percebemos uma redução na produtividade na ordem de 50%, até por essa perda de biomassa que acabou sendo incendiada. Com isso, já temos impactos diretos nos preços do etanol e do açúcar e no canavial do próximo ciclo.
CEO da Orplana, José Guilherme Nogueira

Setor está preocupado com os próximos dias. Nogueira diz que a chuva de domingo (25) aliviou a situação, mas que o tempo segue seco e quente, o que traz preocupação.

Ribeirão Preto suspendeu as aulas por conta da fumaça. Na manhã de segunda-feira (26), quase 50 cidades de São Paulo estavam em alerta máximo para queimadas.

Ainda não é possível medir se haverá aumento de preços ao consumidor provocado pela situação. Um relatório da XP afirma que o mercado busca compreender o efeito das queimadas nos números da safra. A XP diz que o clima seca no final de semana levou agosto a um recorde de incêndios, com quase 3.500 focos, impactando áreas de canavial. "O clima seco continua no Centro-Sul impactando a segunda metade da safra 24/25", afirma documento.

Mas há um viés de alta principalmente para o preço do açúcar. Mesmo depois de queimada, a cana-de-açúcar ainda pode ser processada para produção de etanol e açúcar, diz Samuel Isaak, especialista em commodities agrícolas da XP. No entanto, o produto começa a perder qualidade no campo depois dos incêndios e, por conta da extensão dos danos, é possível que não haja tempo para processar toda a matéria-prima.

Além da cana, São Paulo é responsável por 78,7% da produção nacional de laranja e por 75,1% do limão.

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