Ministro da Fazenda expressou que vazamentos de medidas do pacote fiscal antes do anúncio oficial provocou uma recepção ruim por falta de detalhamento – fato que contribuiu para escalada da moeda americana no Brasil
CLÁUDIO REIS/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
Haddad também abordou a questão dos vazamentos de informações sobre o pacote fiscal
Nesta sexta-feira (20), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfatizou a necessidade de corrigir a desvalorização do real para enfrentar disfuncionalidades econômicas, embora não tenha estabelecido uma meta específica para o câmbio. Embora seja uma atribuição do Banco Central, ele reconheceu que a comunicação do governo tem sido um fator que contribuiu para a alta do dólar no Brasil, refletindo a importância de uma abordagem mais clara.
Recentemente, o dólar apresentou uma queda, sendo negociado em torno de R$ 6,07, após um leilão realizado pelo Banco Central com o objetivo de aumentar a oferta da moeda no mercado. Essa ação é parte de uma estratégia para estabilizar a moeda e mitigar a pressão inflacionária. “Houve um fortalecimento da moeda americana no mundo inteiro, aqui foi maior. Temos que corrigir essa escorregada que o dólar deu aqui. Não no sentido de buscar um nível de dólar, uma meta. Na minha opinião, o BC deveria atuar, mas é atribuição dele, para buscar equilíbrio sempre que houver uma disfuncionalidade”, afirmou o ministro da Fazenda durante café com jornalistas.
Haddad também abordou a questão dos vazamentos de informações sobre o pacote fiscal, que ocorreram antes do anúncio oficial. Segundo ele, esses vazamentos resultaram em uma recepção negativa das medidas propostas, o que pode ter impactado a confiança do mercado. A transparência nas comunicações é vista como essencial para evitar mal-entendidos.
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Além disso, o ministro destacou que a atuação conjunta do Banco Central e do Tesouro Nacional será fundamental para esclarecer a situação econômica atual. Ele alertou que a normalização da economia será um desafio, especialmente em face das mudanças no cenário internacional, como a evolução das taxas de juros nos Estados Unidos e a vitória de Trump. “É uma normalidade que é desafiadora, porque o cenário externo é muito desafiador. Li um artigo que o cenário externo responde por 30% a 40% do problema”, concluiu.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Victor Oliveira