Governo vê necessidade de acionamento mais intenso de termelétricas até dezembro

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O Brasil precisará de despacho "mais intenso" de usinas termelétricas até dezembro para atender os horários de "ponta", quando a carga de energia está no pico e há um volume considerável de geração solar saindo do sistema. A avaliação foi feita pelo CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) em reunião mensal realizada na quarta-feira (9).

Diante desse cenário, o CMSE recomendou à agência reguladora ANP a adoção de ações "em prol da regularidade do suprimento de gás natural" para geração de energia no SIN (Sistema Interligado Nacional).

Nos últimos meses, o quadro de seca se agravou no Brasil, principalmente no Norte, afetando a capacidade de grandes usinas hidrelétricas de fornecerem potência para o sistema elétrico. Mais termelétricas começaram a ser acionadas, o que elevou o custo aos consumidores de energia com o acionamento das bandeiras tarifárias mais caras.

O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) também deverá mobilizar outros recursos para atender a ponta de carga até o final do ano, como importação de energia de países vizinhos e flexibilização de regras operativas, avaliou o CMSE.

Em relação às chuvas para os próximos meses, os modelos meteorológicos indicam intensificação gradual das chuvas no Sudeste nas próximas semanas, especialmente a partir do início de novembro.

Segundo o ONS, houve aumento no volume de chuvas na região nos últimos dias, mas ainda sem reflexo nos reservatórios das hidrelétricas do Sudeste.

Para outubro, a expectativa é de que a energia natural afluente siga abaixo da média histórica em todos os subsistemas do país, devendo alcançar, no pior cenário traçado, o segundo menor valor de um histórico de 94 anos.

"O nível de armazenamento do Sistema Interligado Nacional (SIN) no final de setembro era de 49%, considerado satisfatório para o fim da estação seca em grande parte do território nacional", apontou o CMSE.

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