Profissionais com carteira assinada não serão taxados. Segundo o governo, os trabalhadores celetistas que recebem mais de R$ 55 mil por mês já têm o imposto retido na fonte e, por isso, não receberão uma cobrança adicional.
Quem pagará a isenção
Renúncia fiscal estimada é de R$ 25,8 bilhões por ano. Sem poder descumprir a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a equipe econômica estabeleceu formas para compensar as perdas ocasionadas pela isenção aos trabalhadores. A mira está voltada aos grandes salários.
Governo propõe a taxação dos brasileiros mais ricos. Para fechar a conta, a proposta estabelece a cobrança sobre rendimentos acima de R$ 50 mil mensais (R$ 600 mil por ano). A alíquota subirá progressivamente até alcançar 10% sobre aqueles com renda anual acima de R$ 1 milhão.
É uma escadinha muito suave, que atinge a sua maturidade depois de R$ 1 milhão de renda por ano. Essa é a população que representa uma fração diminuta da sociedade brasileira.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda
Imposto sobre dividendos ajudará na recompensação. A faixa mais rica da população também estará sujeita à cobrança de alíquotas sobre lucros de investimentos. Atualmente, os rendimentos são isentos e resultam no pagamento inferior à taxa de 27,5% prevista na tabela do Imposto de Renda aos mais ricos.