Juntamente com o supercomputador e a "nuvem soberana", a criação de um LLM brasileiro visa ampliar a soberania digital do Brasil. Ainda assim, essa ação não desconsidera a participação das grandes empresas multinacionais, desde que transfiram tecnologia para o país.
No processo de montagem do plano, as grandes empresas participaram. Fui muito clara: queremos uma troca, um aprendizado mútuo. E queremos, claro, ter o domínio tecnológico. (...) Há uma cobiça pelos nossos dados. Não vamos com isso abrir mão, mas haverá algum tipo de interseção (...) Mas vamos caminhar com aqueles que queiram caminhar conosco. A nossa vontade política é essa, e percebo que não há resistência por parte dessas grandes empresas, também pelo interesse do objetivo que tem em partilhar desse novo momento que estamos vivendo nessa revolução tecnológica
Luciana Santos
Não há ainda indicação se haverá exigência para as plataformas serem de código aberto ou não. A ministra diz, sem detalhar, que haverá premissa de que a tecnologia utilizada seja brasileira.
Pode ser mais de uma linguagem, contanto que seja brasileira. Esse é um dos grandes debates que há na IA. São os vieses. Aquele estrangeirismo que não tem nada a ver com o que é do povo brasileiro, e você tem dificuldade de usar aquela tecnologia. Ser brasileiro é falar mais do que nós somos
Luciana Santos
O monitoramento do plano de IA será feito por um conselho superior, encabeçado pelo presidente da República e formado por ministros e representantes de empresas, academia e sociedade civil.
Isso quer dizer que Lula será o chefão da IA no Brasil? "Ele será e já está sendo na prática. Ele está convicto da importância estratégica que [o assunto] tem", diz a ministra.